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quinta-feira, 14 de maio de 2015

Um par de chutos, um ensaio de soco e um excerto de porrada

Então o que venho eu cá falar, do tema que anda a correr o facebook de uma ponta a outra, as pitas a bater no miúdo! Porque a internet já não está cheia disto, vamos lá meter mais qualquer coisa.

Deixo aqui o link para as poucas pessoas que ainda não viram.

O que é que o vídeo contem?
- Violência
- Descriminação (porque pelo que li nuns comentários de um dos rapazes que lá estava o rapaz gosta de rapazes (que isto de homossexual é uma palavra um bocado forte e pode ser vista como eu estar a criticar) sei disto porque bastou ter atenção aos comentários do vídeo que houve gente que conhecia estas bestas que postou os facebooks de alguns)
- Degredo
- Pressão Social
e mais agora não me lembro que já me está a tilintar uma veia no miolo.

Bom para começar ali a desvantagem do rapaz era grande, rodeado por cobardes, depois começa o linchamento, soco e chapada, e visto que não chegava ser só uma, a cabecilha, coça a dizer para outra rapariga, ''da-lhe tu'' e começa a contar. A puta já não é muito boa de cabecinha, a outra que foi bater menos cabecinha tem para fazer o que a outra diz porque ela manda. Mais para a frente temos um gajo a bater no ecoponto, primeiro o ecoponto não tem culpa de nada, e depois morcão e animal como é ainda diz que quer bater no miúdo, e como são todos muito fortes, vai ajudar à festa agarrando as mãos do rapaz que só se protegeu porque a madame decidiu pregar-lhe um pontapé nos tomates. Amiga, levavas um chuto pela passarinha a dentro ias a ver se não te tapavas e ganias.

Isto é basicamente o resumo curtíssimo.

Temos aqui um ato de bulling repugnante por 2 razões para além do bulling em si.
1º Parece-me que os agressores são mais velhos, se não, são um bocado maiores que o miúdo, a Constança de seu nome, badalhoca de profissão, é uma cavalona do caralho.
2º O grupo contra 1.

Admiro o miúdo pelos tomates que teve ali, não sei se foi consciência da situação mas apercebeu-se que se fugisse ainda mais levava visto que eram mais e facilmente o agarravam, durante o video todo só o vemos a massajar a cara e a tapar os privados, não chorou nem lhes deu mais razão para o infernizarem mais.

O bulling é uma coisa que sempre houve, mas a certo ponto quem sofria de bulling conseguia virar-se porque o agressor era só um (há montes de videos de malta gordinha a ser gozada e a meter uma marretada bem assente nos dentes do gozão e a deixa-lo estendido no chão). E é uma coisa que acontece em todo o lado, quando eu estudava havia um grupo que pensavam que eram os machos do sitio que que abriam peito a tudo e a todos porque eram muitos, quando eram apanhados um a um alguns até cumprimentavam ou então davam a ''volta à rotunda sem pisar o risco''. Isto requer é atitude, uma ação por parte de quem quer que seja. Tenho 3 exemplos perfeitos disso a que assisti.

Um foi esse grupinho a que nós chamamos o gangue da manteiga (devido a massas estranhas nos dentes) que agarrou a bola de voley e chutou-a na direção oposta ao campo, um dos rapazes do voley aproximou-se, o gangue meteu-se em posição todos uns ao lado dos outros e nada mais nada menos que aparece a equipa de voley toda mais uns que estavam a ver, não foi preciso violência mas na o os vi a fazer mais aquilo. Aqui basicamente tentaram usar o grupo mas correu mal.

Uma outra situação aconteceu com a mulher, o nosso grupo de turma estava sempre no mesmo sitio, e o spot do gangue era perto do nosso, então decidiram começar a atirar bolotas ou lá o que era aquela porcaria, e nós a perguntar se tinham algum problema e se paravam ou eram preciso haver chatices. A mulher mete os óculos na cara, e assim que ela os tem postos leva com uma coisa daquelas na lente, ela tira os óculos e dirige-se aos gajos a dar uma descasca de todo o tamanho, o ''líder'' só se encolhia e eu atrás dela a rir. Eles ver se eu me metia e a mandarem bocas por eu só estar a ver, a unica coisa que disse foi, ''resolvam-se com ela''. Pode soar meio cobarde mas o que é certo é que ninguém respondeu à (minha) mulher.

A ultima tive eu de intervir porque mais uma vez o gangue apanhou dois miúdos com metade do tamanho deles, fizeram-nos sentar no spot deles, meteram-se a volta deles e era só gozar e a tirarem a fruta aos miúdos. Eu perguntei se aquilo se fazia, a resposta foi ''Estamos só a brincar com eles, está tudo na brincadeira'' Eu perguntei se eles pareciam estar a achar piada à brincadeira, aproximei-me do grupo e mandei os putos embora, mais uma vez veio a força do grupo para cima de de uma pessoa só, vi que os miúdos já estavam longe e virei costas.

Isto são 3 exemplos de como se pode enfrentar o bulling sem ter de entrar em confrontos fisicos, agora que dá vontade dá, e o que eu digo é, se eles gozam com vocês por serem mais, juntem uns quantos macacos e façam-lhes frente, mas quando resolverem a situação lembrem-se do que sofreram e não façam o mesmo!

Toda a gente a certo ponto da infância/adolescência sofreu de bulling, cabe a cada um arranjar a melhor maneira de a resolver, são gozados por fazerem queixinhas? Se vos assaltarem a casa e ligarem à policia não é a mesma coisa? E nunca ouvi nenhum ladrão a dizer que foi preso por fazerem queixinhas. Juventude, lembrem-se que as pessoas que vos chateiam a cabeça por correrem na relva ou deixarem lixo no chão são vossos amigos, não tenham medo de falar.

E de quem é a culpa? Parcialmente dos pais, e porquê parcialmente? Porque os pais devem educar os filhos em casa, mas não nos podemos esquecer que os pais têm empregos, nem sempre estão em casa, nem sempre conseguem dar a reprimenda que devem dar aos filhos pela porcaria que fazem, e os filhos estão a experimentar de tudo, seja fumar, beber, grafitar, partir coisas, se sabem que conseguem levar a melhor voltam a fazê-lo, e ai é que têm de ganhar cabeça para saber o que podem ou não fazer.

Agora voltando ao caso do vídeo, se o meu filho fizesse aquilo, chegava a casa, dizia-lhe para ir ao facebook, apagar a conta à minha frente, tirava-lhe o pc e o telemóvel, ainda levava uns açoites para aprender como se faz às criancinhas e ficava de castigo, casa escola escola casa. E só saía da escola quando eu lá chegasse, não havia cá saidas, se eu e a mulher fossemos a algum lado ele ia sempre ao nosso lado e ai dele que respingasse! (Desculpa lá filho, se estas a ler isto já com uns aninhos bons mas neste tipo de coisas não te vais safar nem de perto nem de longe!)

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